06/03/2011
* James Magalhães
Em mais uma entrevista (ninguém aguenta mais) ao Jornal Folha Dirigida, a Direção da ECT "garantiu" que o Concurso dos Correios sai nos próximos dias (sic!), possivelmente para depois do carnaval. Para sorte dos que estão "organizando" o concurso e azar dos candidatos/funcionários, o carnaval caiu no mês de março, onde a indefinição do certame pode ser estendida.
Assim como a própria origem do carnaval é algo indefinido para os historiadores, o concurso dos Correios também entra para a história como algo incerto, vago, impreciso. Afinal, só neste ano de 2011 já é a quarta promessa que, mesmo se cumprida, mas com certeza é duvidosa.
Nem mesmo sabendo da queda na qualidade de seus índices em 2010, fez com que os novos organizadores/foliões do concurso da ECT adiantassem a divulgação do Edital. Ao contrário, anunciaram novas "folias" como o novo estatuto da ECT que, considerando o fato que não abriram espaço para discussão com os trabalhadores, poderá dar uma enorme dor de cabeça até para quem não gosta de festa.
Para a maioria dos historiadores, é provável que o carnaval tenha se originado no Império Romano, assim como o dilema do Concurso da ECT, originou-se no "Império Custódio" que também foi composto de muita festa e farra (PLR foi um exemplo). A diferença entre o carnaval antigo e o que se faz nos Correios é que, naquela época, todos da sociedade participavam do momento festivo, dos membros da nobreza aos escravos, já na ECT, entre os trabalhadores, não há a alegria carnavalesca de antes, pois todos sabem que, passado o carnaval, o suplício da sobrecarga e da falta de pessoal continuará nos Correios.
Em tempos de carnaval na Idade Média têm-se notícias das festas dos "inocentes" e "doidos". Nos Correios temos muito sabidos sadios que fazem a folia com o propósito de desmontar a ECT.
Atualmente, antes do carnaval é feita uma eleição onde é escolhido um homem gordo que é coroado rei para comandar e reinar nos dias da festa, o chamado "rei momo". Mas na ECT, o rei momo são os gestores incompetentes. Estes comandam a desorganização do concurso, a escrota mudança de estatuto, tudo sem ouvir os trabalhadores.
Não se sabe ao certo se o carnaval é uma festa cristã ou pagã, se é boa ou ruim, mas independente de quem gosta ou não, o que os ecetistas e a sociedade não querem depois do carnaval é continuar com a "ressaca do concurso".
* é Secretário de Comunicação/Sintect-AL