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ECT apresenta indicadores financeiros e levanta mais dúvidas sobre má gestão na empresa

15/08/2014

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Mais uma vez, no dia 13 de agosto, os trabalhadores dos Correios, representantes de sindicatos de todo Brasil, membros do Comando de Negociação da Fentect, se reuniram com a direção da ECT. Na última quarta-feira, fechando a semana, foram realizadas apresentações dos indicadores financeiros e os custos operacionais da empresa, que demonstram uma queda na receita, no último semestre, em comparação ao mesmo período em 2013, com ganhos de até R$ 116 milhões, no ano anterior, contra um prejuízo de R$ 129 milhões, em junho deste ano, nas operações da ECT.

Diante das apresentações do dia, não ficou claro para os trabalhadores onde a empresa tem investido, já que é possível observar apenas o sucateamento de diversos setores. "A impressão que nos passam é que a ECT não é um negócio rentável, visto que, mesmo com o aumento das operações, as despesas têm crescido nos últimos tempos. Se vocês têm esses dados, então, quem decide, por exemplo, por fazer ajustes na logo, gastando até mais de R$ 40 milhões com publicidade? Por que, ainda assim, tomam decisões de alto custo e risco, prejudicando apenas os funcionários? Esse faturamento não condiz com a quantidade de material e serviço que temos no dia a dia", indagou o representante do Comando Edson Dorta Silva (CAS).

Outra dificuldade para os membros do Comando da Fentect, foi encontrar, nas demonstrações, especificações dos gastos, com os devidos comparativos em cada área. "É necessário um detalhamento, para sabermos, por exemplo, quanto a ECT está gastando em cada segmento, e a justificativa para os gastos com a gerência em viagens e representações. O presidente sempre diz em entrevistas que está tudo uma maravilha e ainda conta que vai investir em inovações", protestou Joel Arcanjo Pinto (RJ).

De acordo com a direção da ECT, novas parcerias estão sendo feitas para a modernização da empresa. Além disso, sobre as Olimpíadas, informaram que o dinheiro não será investido apenas em um exercício e que a empresa será operadora logística, garantindo retorno. Para Moisés da Silva Lima, representante do sindicato do Vale do Paraíba, o investimento nos setores não custa um terço do que é gasto com patrocínios. "Enquanto isso, não recebo um par de tênis há dois anos para trabalhar. Não seria a hora de diminuir os gastos?", questionou.

Segundo dados expostos aos ecetistas durante a reunião, a maior despesa da empresa é com pessoal. A ECT gastou R$ 840 milhões a mais do que ganhou, no período de 2013-2014, o que representa 71,9%. Em períodos anteriores, como em 2013, esse percentual era de 60,41%; em 2010, 56,23%; em 2006, 50,04%, e em 2002, 41,72%. Indenizações por atrasos e extravios somam mais de 90%, e, para completar o quadro, os dirigentes da empresa afirmam que muitos chefes não estão preparados para liderar na ECT e precisam ser treinados.

O que os trabalhadores notam é uma instabilidade e a queda da qualidade. Para o diretor da Fentect, membro do Comando de Negociação, Rogério Ubine (RPO), é necessária uma campanha institucional. "Não adianta trabalhar em cima de índices que não são reais", alegou. Luciano Oliveira, também representante do sindicato de Ribeirão Preto, afirma que os ecetistas trabalham em uma empresa de comunicação que não se comunica. "Ou falta interesse das pessoas em saber ou dos gestores em informar", ressaltou sobre os indicadores repassados na reunião.

Além das apresentações dos dirigentes da ECT, as partes ainda fizeram a leitura das cláusulas que serão discutidas semana que vem, durante a próxima reunião, no dia 19 de agosto.

 

FONTE: http://fentect.org.br/conteudo.php?LISTA=detalhe&ID=2275

 


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