(82) 3326-4454
sintect-al@uol.com.br

25 de Janeiro: Dia do Carteiro

25/01/2015

...

 

 

Faça chuva, faça sol, ele entrega cartas, mensagens e encomendas aos seus devidos destinatários, cumprindo um itinerário preestabelecido, depois de ordená-las rigorosamente.

Também devolve ao remetente o que não pode ser entregue ou providencia o seu encaminhamento para o destino certo.

Nas diferentes épocas da história postal brasileira o carteiro já foi tropeiro, estafeta, carregador de mala postal e inspetor de serviço postal, sendo cada um reflexo de seu tempo.

Ao longo do tempo, diante da necessidade de se comunicar dava-se sempre um jeito. No ano de 3.000 a.C., mensageiros velozes corriam quilômetros para dar recados a governantes. Ao chegar, recitavam o texto da carta. Haja memória e pernas. Não é à toa que a palavra correio deriva do verbo correr (pessoas que levavam as notícias correndo).

O primeiro imperador romano, Otávio Augusto, por volta do ano 10 a.C. decidiu construir estradas para os mensageiros levarem e trazerem as mensagens já que o império era muito grande.

Já os incas, povos indígenas que habitaram a América do Sul no século XVI, faziam suas correspondências viajar por uma estrada de pedra, entre Colômbia e Chile, com cerca de 8 mil quilômetros de extensão. A cada 5 quilômetros, um homem esperava o outro que estava por vir, interceptava a mensagem e seguia adiante até encontrar o próximo. O revezamento assim se sucedia até chegar o local de destino, sem cansar os mensageiros.

Na Idade Média o comerciante italiano Marco Polo visitou a China no ano de 1270 e observou que existiam 10 mil postos de correio espalhados pelo território. Os mensageiros chineses entregavam seus objetos postais a cavalo, assim como os persas.

 

O correio no Brasil

 

A primeira correspondência oficial brasileira, enviada daqui para o rei de Portugal em 1500, saiu das mãos do navegante Pero Vaz de Caminha, contando as maravilhas da terra recém-encontrada por Pedro Álvares Cabral.

A carta de Caminha é considerada a certidão de nascimento do Brasil por ser seu primeiro documento oficial. Atualmente está guardada na Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal.

Da carta de Caminha até a criação do primeiro correio brasileiro passaram-se 173 anos. Em 1673, era criado o "Correio-mor das cartas do mar", que não resolveu o problema de ligação postal entre Brasil e Portugal já existente e preocupante. Metrópole e colônia não mantinham um serviço organizado e eficiente, tendo que recorrer às nações vizinhas.

Os problemas só seriam solucionados com a criação dos Correios Marítimos em 1798, que estabeleceu uma ligação postal marítima regular entre Rio de Janeiro e Lisboa.

A primeira agência postal foi criada no mesmo ano na cidade de Campos, no Rio, e o serviço de caixas postais passa a ser instituído em 1801.

 

O correio em Alagoas

 

Segundo Thomaz Espíndola, aos 16 de outubro de 1826, Miguel Veloso da Silveira Nóbrega, em sessão do Conselho da Província, propôs a criação de um correio na capital (atual Marechal Deodoro) seguindo modelo do correio instalado na Bahia e Pernambuco. Um ano depois, em 15 de outubro de 1827, por medida de lei, o correio alagoano foi definitivamente instalado na Província sob a presidência de Candido José de Araújo Vianna.

Com o Decreto de 05 de março de 1829, instituiu-se a Administração geral dos Correios que, segundo João Pinheiro de Barros Neto, se deu devido a necessidade de comunicação da corte com as províncias e pelo desejo de melhorias nas relações com o comércio nacional e internacional.

Anos mais tarde, por volta de 1876, já subordinado a administração central no Rio de Janeiro, era o correio de Alagoas constituído por uma administração geral sediada em Maceió e por 28 agências distribuídas nas cidades, vilas e povoações de Alagoas. Em Maceió, sua primeira agência foi a de Jaraguá Mirim, existente até hoje.

A distribuição de correspondências se dava por linhas postais de Maceió para Penedo com as malas sendo remetidas pelos navios a vapor das companhias pernambucana e baiana, por paquetes pelas lagoas Mundaú e Manguaba para a vila de Santa Luzia do Norte, cidade das Alagoas, hoje Marechal Deodoro e vila do Pilar.

Além dos paquetes, a distribuição também ocorria por estafetas, denominação hoje equivalente a entregadores de telegramas. Quanto a periodicidade para a entrega dos objetos postais, ela se dava semanal, mensal ou bimestralmente dependendo da região alagoana em que seria distribuída.

Em 1844, é criado o serviço de entrega de correspondências a domicílio e 83 anos depois, em 1927, inicia-se o transporte de correspondência via aérea entre América do Sul e Europa.

Três anos mais tarde, o então presidente da república, Getúlio Vargas, instituiu o Departamento de Correios e Télegrafos (DCT), que originaria a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), criada em 20 de março de 1969 e responsável pela prestação de serviços postais, recebendo e despachando para todo Brasil.

Durante todo esse processo de desenvolvimento do serviço postal no Brasil, lá estava a figura do carteiro com suas mais variadas denominações para sempre levar a informação, as notícias de todas as partes do mundo para os brasileiros.

Neste dia 25 de janeiro se comemora o Dia do Carteiro e o Sintect-AL desde já parabeniza todos os companheiros, principal símbolo da ECT e abnegados prestadores de serviço ao país.

Ao mesmo tempo, lamenta o descaso dos Correios com cada carteiro e carteira que sofrem com metas impossíveis e reconhece o quanto cada um de vocês tem sido aguerrido conseguindo manter a credibilidade da ECT graças ao profissionalismo, dedicação e fidelidade ao povo brasileiro.

Parabéns a todos os companheiros e companheiras pela passagem de seu Dia.


Rua Ceará, 206 Prado Maceió - Alagoas 57010-350
SINTECT ALAGOAS 2024
(82) 3326-4454 sintect-al@uol.com.br