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Algoz de trabalhadores, Roberto Mota assume Diretoria Regional

20/03/2015

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PT premiou a repressão e o autoritarismo nos Correios de Alagoas

 

 

O PT de Alagoas, sob a mediação de Manoel Cantoara, assessor do presidente nacional dos Correios, substituiu o atual diretor regional, Luiz Carlos Bastos, por Roberto Mota, um dos maiores algozes dos ecetistas na década de 1980 e 1990 em Alagoas.

É certo que a administração de Luiz Carlos foi medíocre, desastrosa e sem resultados. Não representou nenhum avanço para os Correios, muito menos para os trabalhadores em Alagoas. Entretanto, com Roberto Mota na diretoria regional, os Correios alagoanos permanecerão no retrocesso e será em definitivo enterrado na cova da incompetência e da perseguição a categoria.

Infelizmente, em vez de contribuírem para um Correios melhor e para o bem estar da categoria, ex-sindicalistas da alta gestão da ECT, a exemplo de Manoel Cantoara, preferem a vaidade política e estão apoiando de maneira inconsequente um nome ultrapassado para a diretoria regional.

Caso os planos de Cantoara se confirmem, José Roberto Cardoso Mota começará sua gestão de forma negativa e revivendo os momentos de perseguição a categoria.

 

Entenda o caso

 

Após ato público dos ecetistas, na manhã do dia 26 de fevereiro, no CDD Maceió, em protesto pela falta de carteiros no setor, o agopra diretor regional Roberto Mota, numa tentativa tirânica para intimidar os trabalhadores, determinou o desconto de meio dia de trabalho nos contracheques dos carteiros que participaram do ato público. A determinação de Roberto Mota é ultrapassada e remonta os velhos tempos quando o mesmo, em 20 de julho de 1990, foi denunciado pelo Sintect-AL como um dos responsáveis pela demissão dos companheiros Orson Luís, Chagas e Osvaldo Teixeira.

Após o episódio e achando pouco, Roberto Mota, convocou o pelotão de choque da Polícia Militar para reprimir os protestos dos trabalhadores, espalhando o medo pela empresa. Veja o que disse o diretor adjunto em 19 de julho de 1990:

A direção do correio em Alagoas demitirá cada ecetista que entrar em greve, e já convocamos o Pelotão de Choque da Polícia para reprimir os grevistas. Aqui é a terra do presidente Collor, não podendo haver greve em hipótese nenhuma. (Roberto Mota, quinta-feira/19.7.90 in: Informativo Sintect-AL, 20 de julho de 1990).

A 05 de julho de 1991, o Boletim Informativo Gazeta Ecetista anunciava o fim da administração do diretor regional Jarbas Maranhão, classificada como autoritária, incompetente e responsável por dezenas de demissões, perseguições políticas e campanha de desfiliação contra o Sintect-AL. O Boletim aponta ainda Roberto Mota como um dos assessores que ajudou o diretor regional a empreender uma administração que teve como princípio o terrorismo nos Correios – fato que contrastava com o processo democrático que se desencadeava no País.

Em abril de 1993, uma moção de repúdio contra o então diretor interino, José Roberto Cardoso Mota, foi entregue a categoria.

A moção intitulada A face terrorista da direção dos Correios afirmava que os trabalhadores da ECT em Alagoas, reunidos em Assembleia, no dia 06 de abril de 1993, decidiram por unanimidade repudiar a postura da diretoria regional dos Correios.

A moção afirmava ainda que a tônica do trabalho de desmobilização montado por Roberto Mota era a de proibir a participação das ações sindicais, chegando até a telefonar, em 06 de abril, para o Coronel Nilton Rocha, então secretário de Segurança Pública, pedindo que na manhã do dia 07, se deflagrada a greve, ele não medisse esforços para “baixar o cacete” nos manifestantes, já que se tratava de meia dúzia de agitadores. Ao mesmo tempo a moção diz que Roberto Mota se confundiu quanto ao número de ecetistas engajados no movimento, pois as últimas assembleias contaram em média com mais de 120 trabalhadores.

No entanto, continua a moção: sempre cercado por mais de cinco cafajestes, autorizou o espancamento de centenas de profissionais que certamente marcariam o início da greve se a assembleia assim o decidisse. Segue a moção de repúdio:

De aprendiz a ditador, Roberto Mota conseguiu ressuscitar o autoritarismo e a repressão da época da ditadura militar e ajudou a manter as estatísticas. Os Correios continuam sendo, sem dúvida, o maior antro de tortura psicológica, chantagem e ameaças aos trabalhadores, dentre todas as estatais. (...) A arma dos covardes é a linguagem quase muda da pressão psicológica. A linguagem dos apegados ao poder é o puxa-saquismo vicioso e servil. Esse arsenal de injustiças ignora o sofrimento das famílias dos empregados, carentes por uma recuperação no seu poder de compra. A posição da direção da empresa é o maior sinal de indiferença diante dos baixos salários (...). A categoria não esquecerá Rocha Lima, muito menos Roberto Mota. (A face terrorista da direção dos Correios – Moção de repúdio ao diretor interino da DR/AL [1993])

Portanto, pelo histórico desse senhor, os ecetistas alagoanos repudiam o governo federal por ter bancado o nome dele para a diretoria regional de Alagoas, pois tal fato representa um retrocesso histórico e a contemplação, pelo Partido dos Trabalhadores ou de qualquer outro partido, da herança maldita que tanto reprimiu trabalhadores nos Correios de Alagoas. Essa persona non grata, infelizmente, diretor num governo reeleito pelos trabalhadores, nem tinha sido nomeado diretor regional e começou a reprimir as manifestações da categoria determinando o corte no ponto dos trabalhadores do CDD Maceió.

Pelo histórico nebuloso e inquisidor de Roberto Mota, dias piores virão e a responsabilidade será de todos os que patrocinarem esse retrocesso na administração da ECT.

Portanto, o Sintect-AL entende que pessoas com um histórico tão abominável, não tem legitimidade nem condições morais para assumir a DR/AL após tanta perseguição contra a categoria ecetista em nosso estado. E por fim, faz um alerta afirmando que a nomeação de Roberto Mota para diretor regional é a declaração de uma guerra longa e incansável, extremamente prejudicial para a imagem dos Correios e do partido político que o apoiá-lo em Alagoas.

O Sintect-AL não cansará de denunciar diuturnamente na imprensa e no poder judiciário as mazelas praticadas contra os ecetistas. Denúncias que terão ampla repercussão na sociedade alagoana. A categoria estará de prontidão e jamais se intimidará com a volta da repressão nos Correios de Alagoas. É só pagar pra ver!

Quanto aos ex-sindicalistas de Alagoas que apoiaram a indicação de Roberto Mota para diretor regional, resta-nos apenas lamentar por ter traído a categoria e jogado no lixo uma história junto aos trabalhadores. Poderiam nesse momento estar trabalhando por um novo CTCE que honrasse a dignidade humana de todos os que lá estão. Poderiam estar cumprindo com a promessa de irem para a gestão flexibilizar as relações entre a empresa e os trabalhadores, fato que ainda não aconteceu. Infelizmente, a única coisa que fizeram até agora foi esquecerem de seu compromisso com os ecetistas e trilharem na soberba do poder.

Os ecetistas não merecem mais essa traição. FORA ROBERTO MOTA E LUIZ CARLOS e abaixo a repressão nos Correios de Alagoas!


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