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ECT não esclarece dados e complica, cada vez mais, a situação dos trabalhadores

22/01/2016

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Vida longa aos trabalhadores da ECT. É assim que a empresa tem contabilizado o pós-emprego. Nas contas da empresa, conforme detalhado na reunião da diretoria da FENTECT com a direção dos Correios, nessa quinta-feira (21/01), na sede, em Brasília, a mortalidade está na casa dos 83 anos. Enquanto isso, o Brasil trabalha com a taxa de 74 anos. Com isso, há o aumento da perspectiva de gastos futuros. O valor do pós-emprego, por funcionário, está "nas nuvens".

Logo, a PLR vira lenda. Dificilmente, a categoria terá participação nos lucros por longos anos. No entanto, dados comprovados na pesquisa da H&J Consultores Independentes, destacam que, desde 1996, a ECT não para de crescer e os trabalhadores produzem cada vez mais. Consta, ainda, que a categoria fica à mercê dos critérios estabelecidos, principalmente, pela diretoria executiva da empresa.

Além disso, o efetivo sofre queda, com ameaça de diminuir ainda mais, já que o DEST autorizou o número máximo de pouco mais de 118 mil funcionários para os Correios. Em 2012, a necessidade era de aumentar o então efetivo de 117 mil para 130 mil. Trata-se de um retorno ao patamar de quatro anos atrás.

Entre os desafios, há, ainda, os altos custos de patrocínios e contratações diretas, sem licitação, e a falta de redução definitiva dos salários da presidência e vice-presidência, de acordo com o que fora divulgado pela mídia e replicado pela direção da ECT. A redução identificada será apenas provisória.

Para piorar ainda mais a situação da categoria, com o risco do desemprego, a empresa afirma que, dentre as mais de 5 mil agências próprias dos Correios, menos de 150 são superavitárias e, por isso, serão fechadas. Em contrapartida, aumenta o número das agências franqueadas. A ECT nega a possibilidade de demissões, mas vale relembrar a situação semelhante, ocorrida no período de 1986 a 1990, que gerou inúmeras demissões.

Argumento da ECT


Os mais de 40 sindicalistas presentes na reunião não foram convencidos quanto aos investimentos que a ECT vai realizar a curto, médio e longo prazo, e o envolvimento com os títulos do Tesouro Nacional. Além disso, apenas sete sindicalistas puderam intervir nas alegações, por conta do tempo estipulado pela empresa.

Os representantes dos trabalhadores sugeriram o fim das agências franqueadas, do Postal Saúde, do sistema de Distribuição Domiciliária Alternada (DDA), entre outros encaminhamentos, bem como garantiram que serão enviadas as deliberações aprovadas no XVI Conselho de Sindicatos da FENTECT. A direção dos Correios solicitou que o movimento organize as reivindicações e apresentem por escrito, para que sejam avaliadas pela presidência da ECT.

A realizadora da pesquisa apresentada aos trabalhadores, H&J Consultoria Solidária continua à disposição da FENTECT e da categoria ecetista para seguir com os estudos e aprofundar nos dados financeiros e econômicos da ECT, para que seja alcançado o real diagnóstico da situação da empresa.

Enquanto isso, é imprescindível a mobilização dos trabalhadores, principalmente dos Atendentes Comerciais e OTT‘s, alvos da reestruturação, nessa primeira etapa. No mais, resta a dúvida, caso nada seja feito para barrar os abusos dos Correios, qual será o próximo alvo?

 

FONTE: FENTECT

 


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