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NOTA DE ESCLARECIMENTO - COMPANHEIRO FLAUBERT BISMARK

22/04/2016

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Amigos e amigas dos Correios em Alagoas,

 

 

Eu, Flaubert Bismarck Lopes, venho através desta prestar esclarecimentos sobre o fato que ocorreu no dia 20 de abril do corrente com minha pessoa.


Nesta referida data, por volta das 04:30 min estava em minha residência dormindo, quando escutei uma pessoa gritando em meu quintal por meu apelido (Beto). Quando olhei no sistema de câmeras, percebi um homem encapuzado na parte de trás da casa. Peguei minha arma, um revolver calibre 38, e pedi que minha esposa e minha filha de 9 meses permanecessem no quarto, local mais seguro. Quando observei nas câmeras, tinha uma viatura da PM na minha porta, logo imaginei que teria um ladrão no meu quintal e que a polícia estaria lá para prende-lo, mas não foi. Gritaram meu nome, e mandaram abrir a porta. Foi quando percebi seis policiais me abordando dizendo que eu baixasse a arma, pois tinham em mãos um mandado de busca em minha residência. Coloquei a arma no chão e perguntei o que estaria acontecendo e por qual motivo? Falaram que foi uma denúncia.


Daí, recolheram uns pertences meus e divulgaram na mídia o que encontraram em minha casa:


1 – um revolver calibre 38, (esse eu tenho desde 1982 quando fui policial civil), porém com o registro vencido;


2 - uma espingarda de grosso calibre (se referem a uma espingarda de pressão 5.5 para prática de esporte) e com nota fiscal;


3 – uma caixa contendo um celular (após ter comprado um novo, coloquei o velho na caixa);


4 – um óculos usado e guardado num porta óculos; e


5 – um porta-copo com extensão USB o qual consideraram como uma balança de precisão.

 

Além de alegarem que foram apreendidos vários produtos eletrônicos (o que não procede), encontraram guardada em uma pasta uma carteira da Associação dos Policiais Civis de Alagoas, dos tempos em que servi a Polícia Civil e que eu nem lembrava mais que existia. Daí, passaram a dizer que eu era um falso policial e estelionatário.


Fui conduzido à delegacia e, ao chegar, o próprio delegado falou para o chefe de Operações, no corredor em que se encontravam várias pessoas, que não havia necessidade de conduzir Flaubert até aquele local por se tratar de um ex-policial e que a única irregularidade seria o registro do revolver estar vencido e que fosse liberado os demais objetos. Assim foi feito, paguei a fiança de um salário mínimo por conta do registro vencido e fui liberado.


Agora pergunto aos senhores (as): como fica minha reputação perante a sociedade de modo geral?


Para reparar tamanha injustiça contra mim, já constitui uma advogada e estou apurando os fatos, inclusive o de eles terem tirado uma foto minha sem autorização e terem fornecido para os meios de comunicação me taxando de: "membro de quadrilha, estelionatário, traficante e portador ilegal de arma de fogo."


Todos os senhores (as) me conhecem: tenho 28 anos de ECT; fui membro do SINTECT/AL por 12 anos e muitos sabem que fui policial civil durante 6 (seis) anos.


Agora meus companheiros(as), só resta esperar o desfecho de várias ações que vou mover contra o estado e os meios de comunicação.


Aproveito para agradecer a todos aqueles (as) que me ligaram e mandaram mensagens externando total apoio e confiança na minha pessoa neste momento difícil, sabendo que sou um Pai de Família, Trabalhador de boa índole e que jamais me passaria a ser dessa forma que me acusaram.


Por fim, digo: as providências serão tomadas quanto aos excessos, calunias e difamação praticados contra mim pelo estado e  pelos meios de comunicação.

 

Atte.:
Flaubert Bismarck Lopes

 

 

 

Nota de Solidariedade

 

O Sintect-AL se solidariza com o companheiro Flaubert, repudia toda e qualquer forma coercitiva, injusta e ilegal praticada por agentes do estado, ao tempo que reconhece inquestionavelmente a importante contribuição que Flaubert deu aos trabalhadores dos Correios nos momentos mais difíceis pelos quais passou a categoria ecetista em Alagoas nas décadas de 1980 e 1990.


Devido ao exemplo de dedicação e desprendimento do companheiro Flaubert para com os trabalhadores da ECT, fica nosso desejo por justiça para que as transgressões sejam reparadas atestando ser Flaubert Bismarck um homem idôneo e honrado perante a sociedade alagoana.


JUSTIÇA SEJA FEITA!!!


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