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Sintect/AL participou do Encontro de Mulheres da Fentect

07/07/2016

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Mais de 130 ecetistas estiveram reunidas no XIX Encontro Nacional de Mulheres da Fentect em Luziânia (GO), entre os dias 04 e 06 de Julho, para debater a conjuntura nacional e internacional, a situação dos Correios e os problemas que afetam a categoria feminina dentro e fora da empresa.

Representando as ecetistas alagoanas, esteve presente a encontro, a companheira Juliana dos Santos Oliveira, da AC/Primavera-Arapiraca.

 Entre os principais temas debatidos, a desigualdade social, violência contra a mulher, manutenção dos direitos, a luta contra a privatização e o machismo e a opressão, foram grandes destaques no encontro.

 

Correios doente


"Não há quem não adoeça entregando cartas ou ficando em pé por oito horas diárias, carregando pesos sob sol ou chuva. É desumano. A principal causa de adoecimentos são as condições de trabalho", ressaltou a trabalhadora da área da saúde, Michele Satori. Para agravar a situação, a empresa não realiza triagens para diagnósticos dos ecetistas. Foi, então, dado realce ao assunto sanidade na ECT, tão descartada enquanto a empresa se preocupa com os ganhos.O acúmulo de funções nos Correios e a falta de segurança nas ruas e nas agências estão entre as causas, por exemplo, de problemas psicossociais. "Na verdade, existem planos de ataques às leis trabalhistas, à flexibilização da jornada e retirada de regulamentações das condições de trabalho. Precisamos ser ágeis e vigorosos para realizar denúncias no Ministério do Trabalho contra toda problematização, bem como a terceirização e a privatização, que são lutas não apenas dos ecetistas", detalhou a psicóloga Irani Evangelista.

Irani ainda alertou que o exame periódico deveria ser realizado como era feito há quatro anos, conforme a grade de exames prevista no Manual de Pessoal da ECT (Manpes). "O trauma é minimizado pela necessidade de produção da empresa, de explorar ao máximo. Isso gera gastos com o trabalhador. Porém, o tratamento à saúde psicossocial está previsto no ACT - Cláusula 40 - em decorrência da dependência química, assaltos, questões relacionadas à sobrecarga das atividades e acidentes. Uma dica é que cada trabalhadora tente participar da eleição para Comissão de Prevenção de Acidentes (CIPA), para, assim, exigir da empresa um mapa de risco", informou.

 

Lutas e conquistas


A presidente do SINTECT-DF e diretora da FENTECT, Amanda Corcino, fez questão de demonstrar, em seu discurso, as vitórias alcançadas no acordo coletivo, por meio da luta dos ecetistas. Entre as conquistas, ela citou a ampliação da licença adoção, o aumento do adicional noturno, a obtenção dos direitos dos funcionários estudantes, a transferência imediata do local de trabalho em caso de violência contra mulher, os 180 dias de licença maternidade e a estabilidade dos delegados fiscais. “A pressão que a gente faz é o que determina o rumo das negociações do acordo coletivo”, incentivou.

Amanda ainda indagou quais os cargos que as mulheres ocupavam na empresa e constatou que as elas são minorias nas diretorias ou tesourarias dos sindicatos, por exemplo, até mesmo na participação dos encontros com os companheiros do sexo masculino. Segundo dados apresentados pela secretária de imprensa, Suzy Cristiny, apenas 23% do quadro efetivo total dos Correios é composto pelas trabalhadoras.

 

 No fim  do evento, as ecetistas propuseram soluções e mudanças para o acordo coletivo, para tentar melhorar a situação feminina na ECT. Entre as sugestões estão a garantia de férias na mesma época que os filhos; mudança para cargos menos pesados quando as trabalhadoras descobrirem a gravidez; distribuição de cartilhas com informações sobre os direitos das mulheres; promoção de mais encontros de mulheres, entre outras.

 

Para Juliana Oliveira, o Encontro de Mulheres foi de grande importância para se compreender a realidade das mulheres ecetistas na empresa. "Precisamos cada vez mais ocupar os nossos espaços e lutar sempre pelos nossos direitos".

 

 

 

 


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