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Abertura do Conrep foi marcada pela união em defesa da ECT

08/07/2016

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O recado foi dado logo na primeira noite. Na abertura do 33º Conselho de Representantes da FENTECT (Conrep), à mesa, convidados de diversos movimentos falaram em uma única voz: "é preciso unificar a luta". Este ano, a campanha salarial dos trabalhadores dos Correios e de todo segmento público no País promete ser ainda mais acirrada tendo em vista as decisões do governo interino voltadas à privatização.

"A partir do Conrep, vamos construir uma unidade que transcenda as discussões internas para convencer a sociedade de que o que é público é bom", afirmou o secretário-geral da FENTECT, José Rivaldo. Ele lembrou que a empresa continua gerando riquezas ao Brasil, no entanto, o debate sobre a maneira de produção não é realizado em conjunto com os ecetistas.
Jacy Afonso, representante da Federação dos Trabalhadores Bancários da Região Centro-oeste e Norte, ressaltou que é preciso ter realmente o espírito de união na classe. "As diretorias das empresas são passageiras, mas os trabalhadores são permanentes", ponderou.

Avante
Além da participar do Conrep com o objetivo de lançar a campanha salarial e barrar a privatização, os ecetistas foram convidados por Graça Costa, representante da CUT Nacional, a marcarem presença nas mobilizações das centrais sindicais nos próximos dias. "A ideia é fazer uma campanha unificada, com estreia prevista para o dia 28 de julho, em São Paulo. No dia 12 deste mês, haverá a marcha dos servidores públicos e das estatais e, no dia 13, será lançada a agenda legislativa da CUT", informou.

"A greve geral é uma necessidade da nossa classe. O governo de plantão tem muita dificuldade de governar. Isso nos leva à certeza da fragilidade frente ao anterior", reforçou Heitor Fernandez, convidado a falar na mesa de abertura pelo PSTU.

Repúdio
Anfitriã do evento, a presidente do SINTECT-DF, Amanda Corcino, elencou medidas do programa de governo que são ainda mais prejudiciais que o temido ajuste fiscal. "A Agenda Brasil tem 43 pontos que tratam da flexibilização das leis trabalhistas, a defesa da terceirização, o negociado prevalecendo sobre o legislado e a política entreguista, que é a própria privatização, entre outros. A única saída é enfrentar a onda de ataques aos trabalhadores", concluiu.

Ela relembrou o recente discurso do novo presidente dos Correios, Guilherme Campos, que acusou os trabalhadores pelo absenteísmo na empresa. "Se adoecemos é porque a empresa não faz o dever de casa, não investe em contratação. Mas nós, sim, fazemos o nosso papel. Serão anunciados R$ 18 bilhões de arrecadação em 2015 e a culpa é da categoria?", questionou. Amanda afirmou que, se Guilherme Campos não conhece a ECT, "vai conhecer a luta dos trabalhadores dos Correios".

Da Secretaria do Norte e Nordeste, da federação, José Rodrigues dos Santos Neto rememorou ações contínuas de alguns setores. O representante contou que há anos alguns grupos têm se mobilizado e chamou os demais a compartilhar do mesmo sentimento. "Que façamos um debate saudável para sair com um calendário e uma pauta em defesa dos Correios", disse.

Golpe à democracia
Sem perder o bom humor mesmo sob as circunstâncias dramáticas, Rodrigo Rodrigues, representando a CUT Brasília recitou: "ou a gente se Raoni ou a gente se Sting", relembrando o poeta Turiba. Para o militante, essa deve ser a temática do congresso. "Há uma onda de avanço conservador no mundo. A eleição que tivemos é a prova cabal disso. Esse sentimento precisa ser combatido com a coragem de enfrentarmos a agenda neoliberal", alertou.

Rodrigo acredita que o golpe em curso não é contra a presidenta Dilma ou o Partido dos Trabalhadores (PT), mas os mesmos estão sendo atacados para que sejam derrubados os direitos de cada trabalhador. "O golpe é contra a ordem democrática estabelecida no país. Não teremos mudanças se a nossa democracia, que nos custou tão caro, for rasgada", finalizou.

O Conrep será realizado entre os dias 7 e 9 de julho, em Luziânia. Cerca de 300 trabalhadores da ECT, entre delegados, observadores e convidados, estarão unidos em defesa dos Correios 100% público e de qualidade. "São três dias para olharmos para o futuro", idealizou José Rivaldo.

FONTE: Fentect


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