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Lutaremos sempre. Nada nos abaterá!

13/03/2018

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Os trabalhadores dos Correios em Alagoas, após o julgamento do dissídio coletivo impetrado pela ECT na Justiça do Trabalho, decidiram no final da tarde desta segunda-feira (12) suspender a greve iniciada no mesmo dia e manter o Estado de Greve. A meta agora será organizar as ações visando a campanha salarial deste ano.


Os companheiros e companheiras ecetistas mais uma vez deram exemplo de luta e não se curvaram diante das mazelas praticadas pela ECT contra a assistência médica dos trabalhadores. Apesar da situação política adversa pela qual passa o país ser muito prejudicial para os trabalhadores, é preciso união da categoria para salvaguardar o que ainda resta de direitos e mais adiante reconquistar o que nos foi tirado.

Inclusive não cansamos de lutar desde 2013, contra a imposição da mensalidade e alertamos várias vezes que a intenção da empresa com a mudança do Correio Saúde para a Postal Saúde sempre foi essa.


O Sintect-AL se orgulha de todos os abnegados guerreiros e guerreiras que deram um exemplo de união em prol de uma assistência médica inclusiva e sem maiores custos para os trabalhadores em razão de uma remuneração parca que sequer atende as necessidades básicas da categoria.

 

Críticas aos ministros do TST

 

Neste momento os trabalhadores dos Correios lamentam a postura burguesa e elitizada dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho que numa postura patronal, em sua maioria, não compreendeu a precária realidade salarial dos trabalhadores postais, destruiu a cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho e entregou de bandeja para a empresa uma conquista histórica da classe trabalhadora dos Correios.


Tal fato demonstra claramente o abismo existente entre a maior Corte da Justiça do Trabalho e os trabalhadores. Situação lamentável que macula e fere de morte a essência de uma Justiça Trabalhista gestada na Era Vargas para proteger os direitos e a dignidade proletária brasileira.

A ministra do TST, Kátia Arruda, afirmou durante o julgamento que "no dia em que o judiciário mudar uma cláusula de um acordo firmado, poderemos ser denunciados na OIT (Organização Internacional do Trabalho) [...] Não conheço na jurisprudência brasileira nenhum caso de dissídio de revisão para acordos, porque os acordos são autônomos."Infelizmente, ao final do julgamento, ela acabou votando com o relator. Apenas o ministro Maurício Godinho foi voto vencido a favor dos trabalhadores.


O sentimento da categoria é de que mais uma vez a alta cúpula do TST se apequenou e deu as costas para mais de 106 mil ecetistas desconsiderando a luta histórica dos trabalhadores ao passo em que, com esta decisão prejudicial, abriu as portas para a voraz prática capitalista que doravante será praticada pelos Correios no que se refere a assistência médica.


Entretanto, nem tudo está perdido. Apesar de vivermos nesta segunda-feira (12), um dia triste para toda a categoria e estarmos diante das incertezas do futuro, jamais o trabalhador dos Correios se dobrará diante da covardia daqueles que compactuam para os escravizar. Graças a luta ainda mantemos pais e mães no plano de saúde – um dos principais alvos da empresa nessa matéria.


“Nosso compromisso não é e nunca será com o capital. Nosso compromisso e nossa honra serão sempre forjados em homens e mulheres que nunca desistiram de lutar, tampouco de sonhar. Portanto, o trabalhador será sempre livre para decidir o começo e o fim de cada uma de suas histórias. Terá sempre a hombridade e a convicção dos justos. Nossa certeza será e é a nossa luta. Nossa existência se forja na capacidade não de apenas vencer, mas também de cair, levantar e seguir”. Declarou Altannes Holanda, presidente do Sintect-AL.


Nesta terça-feira, o retorno está sendo doloroso, talvez o mais decepcionante da história. Mas não se enganem nossos algozes, pois foi na dor que os trabalhadores dos Correios se forjaram e neste momento estão mais fortes. A luta não acabou, outras virão. A nossa união enquanto classe ainda gestará, pela defesa de nossa dignidade, um Correios e uma vida melhor.


A luta continua!

 

 

Confira abaixo matéria do TST sobre a decisão dos ministros no dissídio julgado nesta segunda-feira (12).

 

http://www.tst.jus.br/noticia-destaque/-/asset_publisher/NGo1/content/id/24536871

 


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