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25 de Janeiro - Dia do Carteiro

25/01/2019

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Desde a antiguidade, as pessoas mais poderosas usaram mensageiros a fim de comunicar com aqueles que estavam distantes. No entanto, somente com a popularização da alfabetização e da correspondência surgiu a profissão de carteiro.


Atualmente, apesar do avanço da tecnologia, o trabalho do carteiro continua sendo indispensável na nossa sociedade e liga o País de norte a sul contribuindo para a soberania nacional.


O Dia do Carteiro é celebrado nesta data porque no dia 25 de janeiro de 1663 foi criado o cargo de Correio-mor da Monarquia Portuguesa no Brasil. Antes disso, Luiz Gomes da Matta comprou do rei Felipe II o cargo de Correio-mor em 1606. Assim, era de sua responsabilidade todas as mensagens escritas emitidas de Portugal para o Brasil.


Mais tarde, em 25 de janeiro de 1663, seu neto foi nomeado o primeiro Correio-mor do Mar e teve a incumbência de cuidar da troca de correspondências entre as colônias e a Corte portuguesa.


Os carteiros sempre foram de fundamental importância na história do Brasil. Basta lembrar que foi um "carteiro", Paulo Bregaro, hoje patrono dos Correios, quem entregou as correspondências que acabaram decidindo a proclamação da independência do Brasil por Dom Pedro I, em 7 de setembro de 1822.


O serviço regular de entregas de cartas e mercadorias, porém, só foi estabelecido no Brasil em 1835.

 

Os Carteiros em Alagoas

 

Em 1796 uma embrionária globalização já acenava como proposta comercial e cultural para diversas nações do mundo. A bem da verdade esse fenômeno universal já se apresentava, desde as grandes navegações do século XVI, arraigado na comunicação. Atento a essas exigências, em 14 de fevereiro de 1796, o vice-rei D. José Luiz de Castro propôs a criação de um serviço de correio no Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 24 de abril de 1798, o Correio da Corte foi estabelecido como o primeiro correio público brasileiro.

 

Com a vinda, em 1808, da família real que fugira dos ataques de Napoleão a Portugal, coube a D. Fernando José editar o primeiro regulamento postal do Brasil. Sua denominação oficial era Regulamento Provincial para a Administração Geral do Correio da Corte e Província do Rio de Janeiro, datado de 22 de novembro de 1808.

 

Já estabelecido com toda a corte portuguesa no Rio de Janeiro, o príncipe regente D. João assinou diversos decretos instituindo administrações postais nas províncias e municípios brasileiros. Cada correio era autônomo e tinha sua própria administração postal brasileira descentralizada.

 

Em Alagoas, segundo Thomaz Espíndola, aos 16 de outubro de 1826, Miguel Veloso da Silveira Nóbrega, em sessão do Conselho da Província, propôs a criação de um correio na capital seguindo o modelo dos correios instalados na Bahia e Pernambuco. Um ano depois, em 15 de outubro de 1827, por medida de lei, o correio alagoano foi definitivamente instalado na Província sob a presidência de Candido José Araújo Vianna.

 

Com o Decreto de 05 de março de 1829, instituiu-se a Administração Geral dos Correios que, segundo João Pinheiro de Barros Neto, se deu devido a uma necessidade de comunicação da Corte com as províncias e pelo desejo de melhoria nas relações com o comércio nacional e internacional.

 

Anos mais tarde, por volta de 1876, já subordinado a administração central no Rio de Janeiro, era o correio de Alagoas constituído por uma administração geral sediada em Maceió e por 28 agências distribuídas de tal maneira: uma na freguesia de Jaraguá, existente até hoje, e as demais nas cidades, vilas e povoações de Alagoas.

 

A distribuição das correspondências se dava por linhas postais de Maceió para Penedo com as malas sendo remetidas pelos navios a vapor das companhias pernambucana e baiana; por paquetes pelas lagoas Mundaú e Manguaba para a vila de Santa Luzia do Norte, cidade das Alagoas, hoje Marechal Deodoro, e vila do Pilar.

 

Além dos paquetes, a distribuição também ocorria por estafetas, denominação equivalente hoje a entregadores de telegramas. Quanto à periodicidade para a entrega dos objetos postais, ela se dava semanal, mensal ou bimestralmente dependendo da região alagoana em que seria distribuída.

 

Após a instituição da República, em 1889, e por todo o século XX, os Correios viriam a sofrer uma série de modificações. Os carteiros alagoanos, como parte dessa história, contribuíram bravamente na construção de um correio nacional.

 

Atualmente, milhares de companheiros e companheiras trabalham na ECT e se deparam com a luta diária para a sobrevivência da categoria resistindo contra a perda de direitos, o aprofundamento das reformas Trabalhista e da Previdência, além da privatização da estatal.

 

O Sintect-AL parabeniza todos os carteiros e carteiras, vanguarda de nosso movimento sindical, pela passagem do seu Dia e conclama a categoria para o enfrentamento dos desafios que se apresentam, por um Correios público e de qualidade e pela dignidade de todos os trabalhadores ecetistas.


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