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Nota de Repúdio às Declarações de Salim Mattar

25/09/2019

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O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas – SINTECT-AL – vem a público repudiar as declarações de Salim Mattar, secretário especial de Desestatização, Desenvolvimento e Mercados do Ministério da Economia que, fundamentado na política entreguista de Paulo Guedes, vem discursando de modo servil para a classe empresarial sobre como implodir o Estado brasileiro através do programa de privatização do governo federal, além de atacar os mais de 100 mil trabalhadores da ECT com a falsa acusação de que estes companheiros são responsáveis pela “quebra” dos Correios.


Em entrevista ao jornal O Tempo, o encarregado pelo desmonte das estatais nacionais e candidato a Cavaleiro do Apocalipse declara publicamente como pretende dar continuidade as ações de lesa-pátria e destruir o direito ao trabalho, a dignidade e a sobrevivência de centenas de milhares de trabalhadores das estatais federais e suas respectivas famílias.


Lamentavelmente emana deste indivíduo, que homonimamente carrega a morte no sobrenome, toda a arquitetura de prejuízos que acometerá o Brasil e milhões de brasileiros. Vender a soberania nacional entregando nossas riquezas às empresas estrangeiras afundará o país no pântano das incertezas. Atacar o serviço público em detrimento da sociedade e em nome de um Estado que sequer será mínimo, mas sim invisível, é o maior projeto deste governo.


Salim Mattar não serve, nunca serviu e jamais servirá ao Brasil. Seu compromisso, assim como o do ministro Paulo Guedes e de tantos outros adeptos da seita bolsonarista é com o implacável mercado financeiro internacional. Através da política de submissão do país e da escravização do povo brasileiro, estes senhores, alegando o interesse nacional deixam o povo de joelhos enquanto expropriam o patrimônio público e ignoram as graves consequências de seus atos.


Ao contrário do que profanamente Salim Mattar declara, os trabalhadores dos Correios nos últimos 356 anos são os únicos responsáveis pela grandeza da ECT e sua viabilidade enquanto empresa pública. Dentre as maiores gigantes do mundo, os Correios levam o serviço postal universal à todas as regiões do Brasil graças ao trabalho abnegado de seus funcionários. Salim Mattar se apequena ao não reconhecer verdadeiramente os Correios e o bandeirantismo postal de seus desbravadores.


Em seu papel de agente da destruição encaminha, com a podridão de suas intenções, fortes críticas à Constituição Brasileira de 1988. A mesma Constituição que garante o direito ao serviço postal a todos os cidadãos. Perdido em sua herética crítica à Carta Magna, ousa desconsiderar esta que é a maior e mais importante conquista do povo brasileiro na Era republicana. A Constituição Cidadã que Ulisses Guimarães ousou edificar para o fortalecimento do Estado e das instituições democráticas nos diz, em sua hermenêutica, que a Democracia somente será plena num Estado forte e a serviço do povo através das suas instituições estatais.


O desaparecimento dos serviços públicos sucumbirá o povo e o tornará refém da lógica de mercado que domina o Brasil. Contra isto, precisamos defender os princípios democráticos e o legítimo Estado de Direito enquanto únicas opções de Liberdade.

 

Portanto, diante deste desserviço voltado ao entreguismo do patrimônio público nacional, aos ataques à Lei Suprema do País, aos trabalhadores dos Correios e diante do lamentável agachamento de Salim Mattar perante os exploradores internacionais, o Sintect-AL, provido de toda a legitimidade conferida pelos trabalhadores dos Correios em Alagoas, repudia veementemente todas as abomináveis declarações deste apóstolo da fome, do desemprego e de seus iminentes “crimes de lesa-pátria”.


Por um Brasil livre e por um Correio público e de qualidade, digamos NÃO à privatização!


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