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Escolas públicas de Alagoas poderão começar ano letivo sem novos livros didáticos

13/01/2020

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Milhares de crianças como estas da foto poderão iniciar ano letivo sem seus livros didáticos em Alagoas 

 

 

O que era para ser uma alegria começou a ser um problema. As escolas públicas de todo o estado poderão começar o ano letivo de 2020 sem os novos livros didáticos enviados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Este fundo é o responsável pela escolha, licitação e entrega de todos os livros didáticos nas escolas públicas federais, estaduais e municipais.


Entenda o caso:


Os Correios são importantes parceiros no processo de entrega dos livros didáticos às escolas públicas de todo o país. Mas, em Alagoas a estatal, através de sua Superintendência Estadual, vem tendo sérios problemas desde que não conseguiu concluir, por falta de planejamento, a licitação que deveria escolher a empresa terceirizada para auxiliar na entrega de todos os livros didáticos às escolas.


Segundo indicadores do próprio Correios, Alagoas hoje é o estado mais atrasado do Brasil na entrega dos livros escolares. Apenas 20% chegaram nas escolas desde novembro de 2019. Algo inédito e uma vergonha para a administração da estatal, já que isso nunca aconteceu!


Sem a contratação da empresa terceirizada para a triagem, separação e embarque dos livros em caminhões que seguiriam para as escolas, o superintendente estadual dos Correios está sacrificando os carteiros para fazer toda a logística de preparação dos livros. Missão praticamente impossível já que o estado tem um baixo efetivo de carteiros e há muito tempo não ocorre a renovação destes profissionais nos quadros da estatal.

Sem concurso, os carteiros que restam em Maceió, a maioria já com certa idade, estão sendo submetidos a sobrecarga desumana durante a triagem dos livros. Estes trabalhadores passam o dia inteiro em condições degradantes triando pesados pacotes e correndo sério risco de adoecimento em razão do descaso da administração dos Correios.

 

Infelizmente a Superintendência Estadual prefere ferir a integridade física e de saúde de quem deveria estar entregando cartas em vez de ter se planejado para não ter problemas na licitação e contratar uma empresa especializada neste tipo de trabalho temporário. Enquanto o superintendente dos Correios desloca carteiros para fazer este tipo de trabalho braçal e insalubre, boa parte de Maceió sofre com o atraso na entrega das correspondências e outros objetos postais que ficam acumulando nos Centros de Distribuição Domiciliárias e prejudicando a população.


Se o problema não for resolvido urgentemente e uma empresa terceirizada contratada, os poucos carteiros não conseguirão dar conta do serviço e milhares de alunos das redes públicas de ensino começarão o ano letivo sem os novos livros para estudar.


10 de fevereiro é o prazo limite para a entrega de todo o material didático. Se não chegar a tempo, será mais um baque para a tão sofrida educação pública em Alagoas.


Com a palavra a Superintendência Estadual para dizer à sociedade por qual motivo até agora não teve a competência necessária para cumprir os prazos de entrega dos livros didáticos e com isso estar prestes a prejudicar milhares de professores, crianças e adolescentes em Alagoas.


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