Em noite de Assembleia Geral Nacional, mais uma vez os  ecetistas alagoanos mostraram a sua força. lotando o renomado Auditório Denis Queiroz, na sede do sindicato. O presidente do Sintect-AL, Alysson Guerreiro, iniciou sua fala responsabilizando o antigo e o atual presidente dos Correios pela situação lamentável em que a empresa se encontra. Destacou que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas diariamente pela categoria, são os trabalhadores os principais responsáveis pela manutenção dos serviços e pela sobrevivência da empresa, exigindo respeito para com todos e todas, bem como  cobrando um concurso de vergonha por parte do atual governo

Guerreiro também apresentou aos presentes a incansável batalha que o Sintect-AL, juntamente com os sindicatos de todo o país, vem travando em defesa do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), relembrando as diversas ações realizadas em Brasília nos últimos dias. Em sua fala, criticou duramente a grande mídia, que, segundo ele, age de forma parcial e distante dos princípios do bom jornalismo, promovendo interesses dos principais concorrentes dos Correios.

Essa crítica foi reforçada pelo vice-presidente do sindicato, Flávio Show, que lembrou que esse tipo de postura da mídia não é novidade, ocorrendo desde o período da luta contra a privatização da empresa e que mesmo com tantas outras dificuldades, a força contagiante da companheirada fez a diferença.

Ainda durante a Assembleia, outros companheiros e companheiras também fizeram uso da palavra, de forma firme e consciente, expressando a indignação da categoria diante do fato de que, já no último mês do ano, a empresa ainda não apresentou uma proposta minimamente razoável para os trabalhadores.

Na sequência, o secretário-geral Altannes Holanda apresentou as propostas das federações FENTECT e FINDECT, baseadas na reunião realizada hoje no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ele explicou que, durante a mediação, o ministro Guilherme Caputo Bastos, vice-presidente do TST, solicitou o adiamento da greve dos trabalhadores dos Correios como forma de preservar o diálogo e evitar a paralisação imediata dos serviços. O ministro propôs a prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho até fevereiro de 2026, garantindo a manutenção das regras atuais enquanto as negociações continuam. Segundo ele, a medida permitiria mais tempo para que empresa e sindicatos avancem nas tratativas, especialmente nos pontos econômicos ainda em disputa, com o TST permanecendo à disposição para seguir mediando as conversas.

Após os esclarecimentos, em ampla maioria, a categoria alagoana deliberou pela manutenção do estado de greve, pelo menos até a próxima terça-feira (23), quando será realizada uma nova Assembleia Geral, na expectativa de que a ECT apresente, enfim, um posicionamento sensato e respeitoso com os trabalhadores.